QUERIDO, BOTE O LIXO PRA FORA


Reprodução/TV Anhaguera




É, o paraíso acabou! O sonho idílico, a manutenção da boa-aventurança dissimulada, farsa cosmopolita de uma distopia crescente... Enfim, diga adeus aos sábados tranquilos na praça de alimentação, nas lojas de roupas fabricadas em Jaraguá com preço de importadas. Por quanto tempo manteriam essa falsa sensação de paz? Esse conforto surreal à base da corrupção generalizada? O “lixo” debaixo do tapete eclodiu e se prepara para atacar! Querem partilhar da nossa fast-food, de nossas bebidas caras e carros importados. Por quanto tempo acharíamos que “os outros” ficariam calados, parados, passivos ante uma minoria que se esbalda e um estilo de vida esbanjador em meio ao caos, a inflação e a crise econômica que se alastra? Eles não se contentam com as migalhas! Goiânia já há muito é uma terra de um bang-bang macabro, onde as bestas-assassinas do Governo sufragam todo grito lancinante dos milhões de desiludidos. E todos dormem tranquilos em suas camas magnéticas de três mil reais. 

“Os outros” perambulam em volta desse cadáver social, dessa massa alienada que como gado para o abate engorda e sonha com finais felizes para suas novelas das oito, das sete, das onze, das seis... Acha mesmo que ficaríamos incólumes, protegidos pela polícia de choque? Confia cegamente nesse progresso e ordem que vociferam esses homens da lei em seus discursos traquinas e manipulados por banqueiros estrangeiros? Acha realmente que estamos seguros? Que não estamos numa guerra civil patrocinada pela injustiça social e por uma milícia militar assassina e cheia de ladrões e chefes do tráfico organizado? Ninguém está seguro! Ninguém! “Os outros” vão continuar cerceando a burguesia doente, consumista e alienada. Vão levar seus carros, sua liberdade, sua decência, suas jóias. Vão levar tudo o que acham que possuem! Nenhum lugar será seguro! Pois eles perceberam que por viverem constantemente em crise e por não necessitarem de nada, eles podem ter tudo o que não lhes foi dado a chance de possuírem, simplesmente pela razão de poderem abandonar tudo o que roubaram quando a polícia aparecer em 30 segundos. Eles já não tem nada! Você acha que é por dinheiro? Sinceramente, acha que eles se importam com dinheiro? 

Eles querem ser inseridos no sistema goiano de falcatruas. Querem a mesma sensação para comerem com seus filhos em paz num shopping qualquer, tirar fotos de Natal na decoração cara, irem ao cinema, mas eles sabem que nunca serão inseridos assim, sabem que essa sistemática toda está doente e não são cínicos, não querem viver uma vida de mentiras, num “caosumismo” escroto cheio de parasitas sociais, eleitores, números para índices fantasiosos. “Os outros” só querem uma coisa agora e vamos continuar vendo isso sistematicamente daqui pra frente: 

A destruição desse simulacro sinistro, sem consciência que se tornou nossa sociedade! Uma sociedade superficial, sem espírito coletivo que comunga com a injustiça e se mantém passiva ante ao extermínio de seus irmãos que vivem em guetos cheios de ratos e pedras mágicas e desesperança! 

Só o barulho de balas nos despertará dessa letargia?








 sam

09/09/2013

2 comentários:

  1. Peregrino vagando na noite escura de seus pensamentos claros e certos, apagados serão por muitos que irão passar a vista. Certamente. A fórmula do sucesso pro desfecho dessa novela ser feliz meu amigo, desconheço. Não vejo sinceramente outra resposta para a sua indagação final senão o sim; somente as balas meu camarada. Não há escrúpulos os que são acusados por ti e não conhecem outra lei quando seus interesses e suas fontes são atingidas. Farão de tudo até a última gota para sustentar o que aí está e ai daquele solitário, massa encefálica destemida.. cairá como um suicida! (OU) Ou aguardemos uma evolução de idas e vindas desses podres ao Céu/Inferno/Purgatório, e daqui uns 500 anos quem sabe a coisa melhore.. Ou como sugerem algumas falanges, a coisa ser urgente e pra cá seres como tais não voltam, irão pastar em algum outro planeta ou serão pastados.
    ..
    ...
    ..... Não surte!

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