Agora não tem volta. Nós vamos ficar observando
nossos irmãos dando cabeçada em tudo que é muro, aí a gente grita, sinaliza,
envia um SMS, mas não resolve não! Ele continuam batendo com a cabeça; querem
dominar a matéria de todas as formas possíveis. Ou a gente bate junto ou
ficaremos nessa posição (até que confortável) safada de um voyer.
Eu me sinto assim, tal um alienígena, as
vezes... É como se antes de virmos pra Terra, todos nós já nos conhecêssemos de
alguma maneira, como Filhos de Deus. Então, houve a Queda e descemos todos
juntos com Adão. Aí veio o Número Um, nosso irmão modelo, aquele que nunca
pecou. Ele caiu também, mas sua queda foi diferente, foi por amor e não por
cobiça. Ele veio nos lembrar que o Pai não guarda mágoas do passado e que agora
devemos resistir por pouco tempo nessa pele ainda cheia de pecado (essa
árvorezinha do conhecimento do bem e do mal) até que voltemos à Eternidade e
teremos os corpos que tínhamos antes da fundação dos mundos.
Agora como enxergaremos essa ilusão passageira
que é a vida?
Como fumaça e espelhos...?
Será que não estamos dando muita importância
para um ciclo temporário que desvanece como um folha seca de um cajueiro?
Aqui em casa tem um cajueiro, as folhas que se
vão nunca tornam a voltar como eram.
Eu tento falar pra todo mundo que a realidade
está por detrás das cortinas do tempo. Estamos atuando no palco natural do
mundo com um roteiro ridículo, improvisado, inventado por Satã. Ele montou um
cenário por cima do natural: esse prédios, essas moedas, essas máquinas de
engolir terra, tanto caos... tamo aí, num rebolation desprezível, correndo
atrás de coisas sem valor, dando o sangue (até mesmo tirando o sangue de outro)
para que no final, possamos ser indicados ao prêmio de melhor atuação nesse
peça de puro mal gosto que se tornou nossa vida.
E não se engane, os que ganham no fim de cada
ato, são os que acumulam mais grana, mais bens, mais poder, como aquele velho
da parábola do Senhor; um celeiro bem abastado, rico..."agora descansa
minha alma..."
Mas esquecemos da Morte, a boa e velha senhora do Hades. Ela ceifa o
tempo no ato final e nos lembra que tudo isso aqui é uma encenação (incrível,
mas falsa). Salomão descobriu isso: essa vaidade na alma humana.
Estamos todos representado papéis que não
revelam quase nada do que fomos nos tempos de glória, lá na Eternidade, onde o
tempo é apenas uma palavra que ao ouvir logo se esquece; antes da fundação do
mundo, quando as estrelas fulguravam irradiantes ao nascer, uma bela supernova
cheia de luz e calor. Estávamos lá, quando os céus foram criados e todo seu
exército de miríades angelicais, seres atemporais, planetas e Vida! Vida em
todo lugar! Então, em algum momento escolhemos viver como deuses egoístas e
vaidosos; foi nos oferecido todo o poder de escolha sobre tudo. E pela vaidade
e livre arbítrio escolhemos descer pra essa prisão temporal, onde o ciclo de
nascimento e morte perdura desde o primeiro átomo existir. Agora temos
conhecimento sobre o bem e o mal, assim como a Trindade, ou Elohim (no hebraico
é o plural de Deus). E nada irá nos impedir de fazer qualquer coisa que nos
livre dessa prisão que nos assola e consome por dentro, essa ansiedade
destruidora que traz sofrimentos antecipados à mente: O Tempo.
Existem dois tipos de blocos de pensamentos em
nosso mundo moderno: o que aceita a finitude da existência e age de forma
responsável sabendo do poder de escolha que tem, mas compreendendo a própria
limitação que foi imposta sobre a carne, se limitando às necessidades básicas
de sobrevivência, não acumulando riquezas desnecessárias para si, mas
compartilhando tudo o que tem, pois sabe que ao morrer não leva nada pra si; e
o que continua agindo como se fosse um deus egoísta nesse planeta,
des-estruturando a matéria, dividindo moléculas, combinando ácidos, até que o
Terra se molde à suas necessidades fúteis; agindo baseado na justiça própria,
cultivando uma filosofia de troca, de méritos por obras, vivendo na ignorância
dos sentidos, esquecendo a cada dia de quem era e do que se tornará a ser.
Os blocos de pensamento controlam o mundo.
Formadores de opinião. A herança do MEME (o vírus da propagação das idéias). É
preciso mudar a mente para que haja luz!
Precisamos urgentemente nos lembrar através do
Espírito do Criador que ainda vive em nós, quem éramos antes da Queda e o que
seremos ao baixar das cortinas no fim de nosso último ato. Só assim agiremos de
maneira sensata nesse Mundo das Formas, como ensinava Sócrates.
E o que espera?
O Mundo onde brotam as Idéias!
sam
Abril/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário