A IGREJA ELÉTRICA - PARTE II


Agora não tem volta. Nós vamos ficar observando nossos irmãos dando cabeçada em tudo que é muro, aí a gente grita, sinaliza, envia um SMS, mas não resolve não! Ele continuam batendo com a cabeça; querem dominar a matéria de todas as formas possíveis. Ou a gente bate junto ou ficaremos nessa posição (até que confortável) safada de um voyer.

Eu me sinto assim, tal um alienígena, as vezes... É como se antes de virmos pra Terra, todos nós já nos conhecêssemos de alguma maneira, como Filhos de Deus. Então, houve a Queda e descemos todos juntos com Adão. Aí veio o Número Um, nosso irmão modelo, aquele que nunca pecou. Ele caiu também, mas sua queda foi diferente, foi por amor e não por cobiça. Ele veio nos lembrar que o Pai não guarda mágoas do passado e que agora devemos resistir por pouco tempo nessa pele ainda cheia de pecado (essa árvorezinha do conhecimento do bem e do mal) até que voltemos à Eternidade e teremos os corpos que tínhamos antes da fundação dos mundos.

Agora como enxergaremos essa ilusão passageira que é a vida?
Como fumaça e espelhos...?
Será que não estamos dando muita importância para um ciclo temporário que desvanece como um folha seca de um cajueiro?

Aqui em casa tem um cajueiro, as folhas que se vão nunca tornam a voltar como eram.
Eu tento falar pra todo mundo que a realidade está por detrás das cortinas do tempo. Estamos atuando no palco natural do mundo com um roteiro ridículo, improvisado, inventado por Satã. Ele montou um cenário por cima do natural: esse prédios, essas moedas, essas máquinas de engolir terra, tanto caos... tamo aí, num rebolation desprezível, correndo atrás de coisas sem valor, dando o sangue (até mesmo tirando o sangue de outro) para que no final, possamos ser indicados ao prêmio de melhor atuação nesse peça de puro mal gosto que se tornou nossa vida.

E não se engane, os que ganham no fim de cada ato, são os que acumulam mais grana, mais bens, mais poder, como aquele velho da parábola do Senhor; um celeiro bem abastado, rico..."agora descansa minha alma..."
Mas esquecemos da Morte,  a boa e velha senhora do Hades. Ela ceifa o tempo no ato final e nos lembra que tudo isso aqui é uma encenação (incrível, mas falsa). Salomão descobriu isso: essa vaidade na alma humana.

Estamos todos representado papéis que não revelam quase nada do que fomos nos tempos de glória, lá na Eternidade, onde o tempo é apenas uma palavra que ao ouvir logo se esquece; antes da fundação do mundo, quando as estrelas fulguravam irradiantes ao nascer, uma bela supernova cheia de luz e calor. Estávamos lá, quando os céus foram criados e todo seu exército de miríades angelicais, seres atemporais, planetas e Vida! Vida em todo lugar! Então, em algum momento escolhemos viver como deuses egoístas e vaidosos; foi nos oferecido todo o poder de escolha sobre tudo. E pela vaidade e livre arbítrio escolhemos descer pra essa prisão temporal, onde o ciclo de nascimento e morte perdura desde o primeiro átomo existir. Agora temos conhecimento sobre o bem e o mal, assim como a Trindade, ou Elohim (no hebraico é o plural de Deus). E nada irá nos impedir de fazer qualquer coisa que nos livre dessa prisão que nos assola e consome por dentro, essa ansiedade destruidora que traz sofrimentos antecipados à mente: O Tempo.

Existem dois tipos de blocos de pensamentos em nosso mundo moderno: o que aceita a finitude da existência e age de forma responsável sabendo do poder de escolha que tem, mas compreendendo a própria limitação que foi imposta sobre a carne, se limitando às necessidades básicas de sobrevivência, não acumulando riquezas desnecessárias para si, mas compartilhando tudo o que tem, pois sabe que ao morrer não leva nada pra si; e o que continua agindo como se fosse um deus egoísta nesse planeta, des-estruturando a matéria, dividindo moléculas, combinando ácidos, até que o Terra se molde à suas necessidades fúteis; agindo baseado na justiça própria, cultivando uma filosofia de troca, de méritos por obras, vivendo na ignorância dos sentidos, esquecendo a cada dia de quem era e do que se tornará a ser.

Os blocos de pensamento controlam o mundo. Formadores de opinião. A herança do MEME (o vírus da propagação das idéias). É preciso mudar a mente para que haja luz!
Precisamos urgentemente nos lembrar através do Espírito do Criador que ainda vive em nós, quem éramos antes da Queda e o que seremos ao baixar das cortinas no fim de nosso último ato. Só assim agiremos de maneira sensata nesse Mundo das Formas, como ensinava Sócrates.

E o que espera?


O Mundo onde brotam as Idéias!



sam
Abril/2010

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